Acessibilidade nos web sites

Infelizmente, e não é de hoje, a acessibilidade da maioria esmagadora dos web sites é sempre ignorada. E eu não sou exceção à regra.

Pouco tempo atrás, uma pessoa, com necessidades especiais me contactou, pelo formulário aqui do blog, disse que tinha gostado da maioria dos conteúdos que tinha acessado e lido, mas que se o site fosse melhor no quesito usabilidade seria ótimo para pessoas como ele.

Eu, na minha ignorância (ou arrogância) achando que estava tudo certo, pois ele tinha lido e gostado, ao final do e-mail enviado pelo rapaz entendi que ele era cego.

Isso me desconcertou, eu fiz alguns testes, e o blog peca em muitos aspectos de usabilidade, principalmente para pessoas com necessidades especiais. Simples assim.

Fiz alguns testes, tentei implementar algumas ferramentas para melhora isso, por exemplo, uma que sintetizava os textos para quem não podia facilmente ler, e ela funcionava relativamente bem, o problema é que era uma âncora, realmente atrasava o carregamento do site em mais de 6 segundos.

Não poderia deixar funcionando desta maneira, criei uma linha de pesquisa, e quando tiver massa crítica suficiente vou publicar algo sobre isso, focado em WordPress e sem prejudicar a performance do seu site.

Não desisti disso, passei a respeitar mais e olhar melhor para esse ponto. Não deveria ter esperado uma mensagem desta me alertar sobre como melhorar. Falha minha.

Pontos que você deveria considerar

Existem vários pontos de atenção que devem ser considerados para garantir uma boa usabilidade de um website. Alguns dos principais pontos incluem:

  1. Navegação: A navegação deve ser clara e fácil de usar, com menus bem organizados e links facilmente visíveis.
  2. Layout: O layout deve ser organizado e intuitivo, com elementos bem posicionados para facilitar a compreensão da informação.
  3. Legibilidade: O texto deve ser fácil de ler, com tamanho de fonte adequado, contraste apropriado e espaçamento suficiente entre as linhas.
  4. Responsividade: O website deve ser responsivo, ou seja, adaptar-se automaticamente ao tamanho da tela do dispositivo do usuário, para proporcionar uma experiência de visualização agradável em qualquer dispositivo.
  5. Acessibilidade: O website deve ser acessível a todos, incluindo pessoas com deficiências visuais ou motoras, e com recursos para facilitar a navegação, como descrições de imagens e transcrições de conteúdo em áudio ou vídeo.
  6. Velocidade de carregamento: O website deve carregar rapidamente, para evitar frustração dos usuários.
  7. Consistência: O website deve ser consistente em termos de design, navegação e estilo, para que o usuário possa navegar de forma intuitiva.
  8. Feedback: O website deve fornecer feedback aos usuários quando ações são realizadas, como enviar formulários ou clicar em botões.
  9. Busca: O website deve ter um recurso de busca eficiente, para que os usuários possam encontrar facilmente o que estão procurando.

Mas e a usabilidade dos sites dos nossos clientes?

Importante lembrarmos que poucos clientes (e agora falando de pequenos e médios), vão demandar algo específico no checklist do novo projeto que estamos orçando ou executando.

Além de termos obrigação de lembrar destes detalhes, é importante saber que UX do site também pontua nos rankings dos mecanismos de buscas, então é algo interessante a ser considerado.

Você precisa pesar custo / benefício e oferecer uma alternativa viável aos seus clientes.

Ainda que em outros países temos legislação específica sobre isso, uma empresa pode ser penalizada por não ter seu site acessível a todos, pense nisso quando estiver trabalhando para o exterior.

Eu embora utilize e goste, não sou especialista em UI / UX mas é fundamental ter alguma preocupação com todos os pontos que podemos melhorar.

Alguns clientes não vão lhe dar ouvidos, não tem cultura ou preocupação com os outros, neste ponto importante. Vai ter que partir de você educar neste sentido.

Ferramentas de auditoria de acessibilidade

Existem muitas, algumas se destacam, lembrei do Wave, teste seu site lá e sinta o tijolo chegando. No post específico vou colocar mais ferramentas que encontrei.

Lembre-se que o Google também fornece sugestões para acessibilidade, mas de novo, não vá ficar paranóico.

Para quem quiser ir a um nível adiante, pode criar testes e automatizar com o acessiBe. Mas é caro.

Finalizando

A auditoria constante, uso das melhores práticas, elementos visuais adequados, boas práticas de SEO, já são melhorias para quem quiser começar a se preocupar com acessibilidade.

Então comece a pensar nisso e a incluir nos seus projetos. Os 2 bilhões de pessoas no mundo com algum tipo de dificuldade agradecerão!

Se preferir, assista ao vídeo!

Fiapo
Fiapo

Eu sou Gustavo Tagliassuchi, minha formação é em tecnologia em informática, me especializei em desenvolvimento de software para a web, mas minha experiência profissional desde a década de 90 inclui editoração eletrônica, gráficas, desenvolvimento de aplicativos multimídia multi-plataforma, produzi muito CD-ROM, quiosques multimídia, fui o primeiro desenvolvedor da Apple no RS.

Trabalhei em provedores de acesso à Internet, em algumas agências e também criei algumas delas (4 no total).

Ajudei a fundar a AGADi que posteriormente virou ABRADi e se multiplicou Brasil afora

Mais recentemente ainda fui sócio de uma empresa de e-mail marketing e monitoramento de mídias sociais, onde desempenhei diferentes atividades, como responsável pelo desenvolvimento de ferramentas oferecidas em padrão SAAS, fui responsável pelo suporte e atendimento de uma rede de mais de 18.000 marcas entre clientes diretos, canais e parceiros, além de dar apoio ao marketing digital da empresa.

Mas isso tudo não importa, o que importa é que eu nunca deixei de fazer web sites, atender clientes de todos os tipos e portes, e ajudar amigos e parceiros a utilizar melhor a Internet e a melhorar a qualidade dos serviços que prestavam, e até a criar produtos e escalar os mesmos.

Então, até influenciado por alguns deles, resolvi criar alguns cursos e transformar este conhecimento que adquiri em algo interessante para você.

Não vou vender nenhuma fórmula mágica, não garanto que ninguém vá ficar milionário da noite para o dia, mas eu acredito que consigo acrescentar alguma coisa da experiência que adquiri nesses últimos 27 anos para ajudar você a melhorar e a solucionar alguns problemas dos seus clientes, vou lhe ajudar a fazer a diferença na vida dos seus clientes.

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