Certamente existe muitas, mas vou tentar escrever aqui sobre as melhores maneiras de atualizar ou desatualizar o WordPress, acompanhe.
Importante que você saiba que cerca de 49% dos 10.000 principais sites que utilizam o WordPress, não utilizam a última versão do mesmo ou dos plugins.
Essa é realmente uma péssima prática. Ok, entendo que temos a indústria dos temas comerciais, e dos plugins “free” que começam a gritar 20 dias depois de instalados que só se atualizarão uma vez adquiridos em licenças anuais a partir de módicos US$ 50,00 cada.
Então é importante avaliar e atualizar caso seja algum problema crítico, ou mesmo substituir por outro de mesma função gratuito ou mais seguro.
Mas vamos ao que interessa, como eu mantenho dezenas de sites de clientes, o processo de manutenção tende a ficar ainda mais complicado.
Desde versão do linux, versão do PHP, plugins que não devem ou não podem ser atualizados pelos mais diversos motivos, até a controlar as atualizações mais frequentes e mundanas que eventualmente cismam em executarem automaticamente, ou mesmo que por engano.
Existe um procedimento infalível para estes casos, é um processo que eu deveria cobrar R$ 100,00 só para você ler o que vou escrever na próxima linha, para resolver 99% dos seus problemas, faça o seguinte:
Execute um backup antes!
Dito isso, pode enviar via PayPal o valor que eu recebo 🙂
Brincadeiras à parte, o backup já deveria ser parte do seu processo manual antes de qualquer tipo de alteração, de core, de plugins, de qualquer fragmento de código ou de qualquer coisa que seja feita em qualquer parte do seu WordPress ou daquilo com o que ele se relaciona.
Para não ficar biruta sugiro utilizar uma ferramenta profissional para lhe auxiliar – mesmo que mantenha apenas o seu próprio blog – recomendo fortemente o ManageWP, link sem afiliado viu, é bom mesmo, independente de terem sidos adquiridos pela GoDaddy mantém um excelente nível de serviço.
Se quiser ver outras opções olhe este Meetup que apresentei em 2017, observe no final os slides.
Porque devo manter o meu WordPress atualizado?
Pelo mesmo motivo que deve cuidar da manutenção do veículo que transporta sua família, segurança, otimização de desempenho, compatibilidade e melhorias de performance pelo menos.
Porque também se utiliza uma hospedagem compartilhada, é educado manter suas coisas em ordem para não criar problemas com seus vizinhos, da mesma forma que o faria no seu condomínio.
Ok, ok, mas como faço um backup?
Se não utilizar aquelas ferramentas que citei anteriormente, que tem recursos de backup, tente algum plugin ou serviço mais específico.
E como atualizo o meu WordPress?
Existem diversas maneira de fazer isso, a mais simples e direta é através do próprio painel administrativo do WordPress, você observa quando aparece algum aviso e executa a atualização do mesmo.
Você acessa o menu Atualizações, seleciona os itens que deseja atualizar, e clica no botão Atualizar agora ou Atualizar plugins se forem plugins.
E aí é só esperar a mágica acontecer.
Eventualmente você não tem o usuário adequado ou ocorrerá algum tipo de erro.
Nesse caso, sendo um plugin, localize o mesmo no repositório oficial, baixe o arquivo atualizado do mesmo, descompacte em alguma pasta local e se prepare.
Será necessário fazer um processo manual, via FTP ou sFTP, você terá que acessar a hospedagem, com os dados apropriados, acessar a pasta /wp-content e se for um plugin, acessar a subpasta /plugins, se for um tema a subpasta /themes, e dentro da respectiva, apagar a versão anterior, subir a nova, entrar no painel de controle e ver se tudo deu certo.
Eventualmente pode ser necessário reativar o plugin manualmente, certifique-se que tem acesso aos plugins antes de tentar fazer.
Outra alternativa mais recente, bem nerd e elegante é o WP-CLI. É necessário que a hospedagem dê suporte ao mesmo, e acesso também, que pode ser feito de diversas formas, normalmente hospedagens com cPanel tem um app específico.
Você terá que fazer uso de linha de comando, então muito cuidado.
O que pode dar errado?
Bem, tudo.
Desde problemas no banco de dados, arquivos faltando, conflitos com outros plugins, atualização incompleta, quebra do site, erros tipo 500 e por aí vai.
Eventualmente o WordPress fica travado no modo manutenção até que você entre via FTP e remova manualmente o arquivo oculto (oculto como o .htaccess, pode não ser visualizado até você solicitar ao software de FTP que exiba arquivos ocultos) e remover o arquivo .maintenance.
Uma excelente prática é ter uma cópia do site em um local de testes, justamente para testar atualizações na área de testes antes de fazer no site em produção.
As ferramentas que eu indiquei lá no começo normalmente tem uma função do tipo “atualização segura”, isto é, eles fazem um backup inteiro, ele atualiza tudo o que você mandar, e em caso de problemas ele executa um rollback, volta ao estado anterior.
Isso é ótimo, mas dependendo do tamanho do site, pode demorar um pouco. Por isso não recomendo fazer esse tipo de coisa em horário comercial, principalmente se o cliente vende pelo site, acorde mais cedo ou durma mais tarde.
Meu WordPress está todo desatualizado, tem ordem certa para atualizar?
Bem, tem sim! Antes que os defensores ferrenhos da plataforma me xinguem, explico melhor.
Não que isso seja uma exigência, mas digamos que você está bem defasado e resolveu criar vergonha na cara ou impressionar o chefe fazendo algo que não é sua atribuição, não vamos querer causar estragos certo?
Então vamos lá.
- Primeiro de tudo faça o maldito backup;
- Comece atualizando os plugins, porque normalmente são feitos para suportarem uma grande variedade de versões do core do WordPress, então comece com um de cada vez. Se quiser emoção atualize todos ao mesmo tempo, não recomendo;
- Por exemplo se utilizar o Woo Coomerce, antes de atualizar ele, se existir uma atualização do tema em uso, é provável que ela contenha atualizações específicas para novas versões do Woo Commerce, como novas páginas por exemplo, e existem diversos plugins adicionais ao Woo como meios de pagamento, alguns exigindo o uso de números de série para ativação, então sendo este o caso tenha certeza que tem tudo antes de fazer;
- Terminando os plugins, atualize o tema. Se você tem mais temas instalados além do tema principal (e o seu tema filho), é uma boa prática remover todos os temas não utilizados, talvez manter um tema padrão para eventuais casos extremos. Diminui bastante o tamanho do backup;
- Após plugins e temas, é a vez do core do WordPress. Lembrando que outra excelente prática é um backup adicional a cada etapa vencida com sucesso;
- Feita a atualização do core, outro backup final, e uma boa recomendação é verificar se está utilizando o PHP pelo menos na versão 7.3;
Importante lembrar de limpar o cache do WordPress se estiver utilizando um plugin específico a cada atualização executada.
Deu problema, e agora?
Você pode fazer diversas ações, desfazer um backup, localizar uma versão anterior do plugin problemático no repositório oficial e instalar ela, avisar ao desenvolvedor do problema ou buscar suporte, normalmente outras pessoas tiveram o mesmo problema e escreveram a respeito na web.
Se precisar restaurar um backup faça pela mesma ferramenta que executou o backup. Não tente fazer isso manualmente a menos que saiba o que está fazendo.
Muita gente faz backup do banco de dados apenas e tenta restaurar a partir daí, esquecendo que o plugin com problema está tentando talvez acessar novas tabelas criadas no BD e que agora foram removidas.
Importante lembrar que desativar um plugin não é a mesma coisa que desinstalar.
E mesmo desinstalando, não são todos os plugins que limpam os arquivos e dados que inseriram em tabelas do WordPress.
Se quiser mais dicas observe este artigo diretamente na fonte.