A partir dos anos 90, além da importância de se investir em TI nas empresas, se observou a necessidade de utilizar métricas, para garantir a aferição das novas implementações, e principalmente medir o retorno sobre o investimento feito.
Desde sua criação em 1987 o TCO (Total Cost of Ownership) tem sido amplamente difundido pelos seus criadores, Gartner Group, sendo utilizado a partir daí por seus clientes (diversos tipos de empresas) pelo mundo todo. Esse conceito evoluiu para um modelo mais amplo, o TVO (Total Value of Oportunity).
Em termos simples, se aplicava este conceito custos relativos aos PCs, porém rapidamente ampliado a todo o emaranhado de dispositivos da área de TI. Esse valor então era uma pequena parcela da equação, que compreendia ainda o custo da solução e da sua manutenção como um todo ao longo do tempo.
Com a evolução do modelo, se passou a contabilizar o TCO como um plano de contas contábil, prevendo custos de manter a solução, custos diretos, indiretos e não orçados. A diferença ficava por conta agora de se contabilizar os custos escondidos (hidden costs) que normalmente são ignorados. Porém, através destas métricas ainda não era considerado um método satisfatório para se aferir investimentos e retornos em TI. Foram criadas outras métricas e uma sendo aplicada sobre a outra conforme o caso de cada empresa em especial.
As métricas disponíveis hoje, EVA, Balanced Score Card, Managing for Value são complementares, e por não serem aplicadas de maneira uniforme pelas empresas não pode fornecer um comparativo para os cálculos de retorno de investimento.
Com base nos problemas causados pelas diferentes métricas e suas aplicações (as vezes indevidas) o CIA-FGV (Centro de Informática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas – SP) criou um novo método em 1998, bem brasileiro e bem realista, o CAPT – Custo Anual por Teclado. Levanta-se todos os investimentos feitos em TI (software, hardware, manutenção, suporte, atualização, treinamento e tudo mais que estiver relacionado) e chega-se num valor. Após, simplesmente divida esse valor pelo número de teclados ou equipamentos existentes na empresa. A maioria das empresas dispõe destas informações, e o resultado é um indicador da administração dos recursos de TI da empresa.
O resultado prático deste excelente trabalho da FGV é que você pode analisar e comparar os seus resultados com outros, disponíveis no banco de dados da instituição, que conta com 14 anos de atuação nesta área. É correto que o CAPT apresenta uma parte do problema quando executado, mas a possibilidade de se utilizar às comparações é fantástica. Por esse simples motivo, me preocupei em trazer estas informações aqui.
Ainda com relação a outras metodologias o que ocorre é empresas aplicando determinadas metodologias ou conjunto de metodologias que mais se adaptam ao seu perfil de negócio.