Recebi um convite do professor e vereador Newton Braga Rosa, por sugestão de seus alunos e de personalidades da nossa TI regional, para participar de uma aula de sua cadeira de empreendedorismo, na UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A idéia era falar um pouco da minha trajetória pessoal e profissional e depois responder às perguntas dos jovens sedentos de empreendedorismo. Fiquei muito surpreso, pois da última vez que falei a uma classe universitária sobre o tema eles pareciam bem desmotivados, e era numa universidade privada.
Mas não era este o caso, os alunos do professor mais do que interessados, eles foram inspirados pelo expoente de TI, e que nos últimos anos se dedicou – além da maestria das aulas de empreendedorismo – a levar a bandeira dos interesses das empresas de TI a todos os níveis da política nacional, buscando sempre melhorar as condições das empresas e dos empresários no geral.
Mas voltando aos jovens, falei um pouco de mim, do porque de ter me tornado empresário (às vezes isso ainda soa estranho) e meus objetivos e motivações.
Fiquei realmente feliz ao ser bombardeado com todos os tipos de perguntas, por aqueles que vislumbram seu lugar ao sol, fico feliz que a centelha da inovação, criatividade e em empreendedorismo tenha ignido dentro da maioria que estava naquele teatro.
Lembrei de quando ingressei na universidade, onde o pensamento comum era que o colega ao lado era nosso concorrente, então nenhum tipo de informação deveria ser compartilhado, pois certamente ele me roubaria o emprego na repartição pública onde faríamos concurso logo mais para trabalharmos.
Mas que quando retornei (entre idas e vindas) a metáfora do ensino estava renovada, os professores já davam a devida importância ao empreendedorismo, e a própria metáfora do código aberto e do compartilhamento de tudo, que a Internet nos proporcionou, ajudou a mudar isso.
Fiquei feliz com a mudança, mas ainda tem muito para ser melhorado.
É motivante poder falar, por muito pouco que seja, sobre nossos próprios feitos, erros (que são os que ensinam mais) e acertos, e saber que isso motivará uma nova geração que está aí, dos novos empreendedores.
E tiro meu chapéu para o professor, que continuamente há vários anos faz desta tarefa uma missão de vida, motivando a maioria daqueles que passam por suas aulas a empreenderem em busca de seus objetivos.
Espero ter colaborado um pouco com isso. Mais do que empreender, a experiência adquirida nos últimos anos me faz muitas vezes refletir sobre minha missão aqui e qual será o meu legado para minha família e porque não para minha cidade, estado ou país.
De repente me deu mais vontade ainda de seguir em frente! E que o professor Newton mantenha suas aulas por muito mais tempo, até que empreendedorismo seja sinônimo de trabalho aqui.