Desculpem se o chapéu serviu, mas nos últimos anos tenho observado que o melhor do Brasil não é o brasileiro. O melhor do Brasil é o empresário. É o empresário pelo simples fato de que assim como o Zangão, que não podia voar, pois tinha peso excessivo em relação ao tamanho de suas asas, além da aerodinâmica falha, é o empresário que contraria todas as expectativas e faz acontecer. Alça o vôo da liberdade mesmo não sabendo voar.
Quem em sã consciência arrisca tudo e mais um pouco na busca de um sonho ? às vezes inalcançável ? se não o empresário? Quem, além de um empresário, se motiva com o aumento de impostos, com as desavenças com o governo, com os desentendimentos com aqueles que protege, e que em boa parte das vezes só visualizam um número escrito num pedaço de papel que parece algum tipo de garantia para um futuro nebuloso?
Imagine o que seria deste país se 50% dos empresários desistissem dos desafios diários de desbravar novos mercados, sem esperar por nada e por ninguém, porque a ajuda nunca vem mesmo. O que alguém pode esperar de um povo inventivo se não o empreendimento natural dos desafios que a mente nos cria?
Quem acha que empresário só quer ganhar dinheiro as custas dos funcionários está redondamente enganado, obviamente se respeitando as exceções, mas normalmente o empresário trabalha feito uma mula, mas não ganha aquilo que merece e não falo só do reconhecimento e da sensação maravilhosa do dever cumprido, e de ter realizado algo importante, algo que grave nosso nome, o legado de nossos filhos.
Fico pensando, vezes demais, que deveria ter seguido outros rumos, mas pensando bem, não conseguiria, até inclusive tentei, mas não adiantou, voltei ao meu curso original, não me imagino fazendo outra coisa somente.
E para finalizar, nada mais estimulante do que conversar com os amigos, empresários, que mesmo em meio as maiores dificuldades, e entenda que nem sempre uma dificuldade é financeira, conseguem dar a volta por cima, não se deixam abater, e conseguem motivar aqueles que estão à sua volta.
Minha homenagem aos grandes brasileiros, os senhores empresários.
Em tempo (16/02/2005): Agradeço os comentários e os xingamentos, mas esclarecendo, o Empresário não é aparentemente brasileiro, parece que por não ser miserável e ter espírito empreendedor está classificado numa categoria à parte.