Uma coisa ficou clara para mim recentemente. Existem hoje duas grandes correntes no que diz respeito ao desenvolvimento de sites na web. A primeira é a corrente daqueles que primam pelo design (leia-se design tudo aquilo que além de bonito vem piscando, pesando e fazendo streaming pelo seu link de banda larga). A segunda corrente é aquela dos que consideram a praticidade da interface acima de tudo (usability).
É possível inclusive definir os dois grandes gurus de cada grupo. Jakob Nielsen do MIT e Gene Na da Kioken. O primeiro é ardoroso defensor da usability. O segundo é um designer de mão cheia. Ambos tem suas páginas, seus mandamentos, seus seguidores e publicam análises de sites de grandes empresas (como a Sony, por exemplo), dizendo onde estão errando e onde estão acertando nas suas iniciativas on-line.
Na minha opinião, os dois têm razão, mas vamos aos fatos:
1 – Não estamos mais em 1996, portanto, a resolução das telas não é mais padronizada pelos 640×480 pixels. Só que também não dá para generalizar com os 1024×768 pixels ainda;
2 – Os modems não são mais 28.8 Kbps, mas nem todos ainda possuem links de banda larga. Então, dá para dizer que a média está em 56 Kbps;
3 – 84% dos sites colocam seus logos na parte superior esquerda;
4 – A caixa de pesquisa na parte superior direita com 35%, na esquerda 30%;
5 – A média de largura das páginas é 770 pixels
6 – Com relação à distribuição do conteúdo, é necessário pensar sempre em: hierarquia e organização. Lembre-se que o usuário leva 30% de tempo a mais para ler um material on-line do que num impresso. Além disso, raramente ele navega abaixo do 3º nível da estrutura de um web site;
7 – É claro que também não adianta fazer um web site anêmico. Se você estiver desenvolvendo um projeto sério de e-commerce, é importante transmitir uma mensagem clara, imediata e forte, que reflita no seu negócio.
8 – Entenda que o design de um web site está para o usuário como o mouse está para um usuário de um software qualquer. Mesmo sem mouse ele deverá conseguir utilizar o software, o mesmo precisa ser feito para seu web site;
9 – Vale a máxima do design. Um design com conceito universal atinge todas as pessoas de todas as idades;
10 – Finalizando, lembre-se de testar o que você faz. Mas não faça isso com o seu programador ou com o seu designer. Teste com o público para o qual você desenvolveu!
Para saber mais sobre os “gurus”, de uma olhada nos seus respectivos sites, http://www.useit.com/ e http://www.kioken.com/.