Como funciona o e-mail

Na verdade, o objetivo aqui além de falar em como funciona o e-mail é chegarmos até o email marketing. Pois muita gente acha que enviar e-mail é uma coisa simples e trivial. Vamos aos fatos.

Pela ordem natural das coisas, ao compor um e-mail, e clicar no botão Enviar, o que acontece é que ele é colocado em uma fila para ser enviado.

Essas filas normalmente são grandes e pesadas.

O próximo passo é criar a mensagem para o seu destinatário, se for o caso de personalizar ou colocar algum link de rastreamento, cabeçalhos, destinatários e mandar a mesma para o MTA (mail transfer agent), ou se preferir, servidor de e-mail.

O MTA basicamente cuida da fila local e do envio ao MTA destino. Para cada mensagem, verifica o destino, tenta a entrega, e registra sucesso ou falha no processo.

O MTA trabalha a partir do domínio, ou o que está à direita do @, utilizando o serviço de DNS (domain name service) para identificar corretamente o IP do servidor que poderá receber este e-mail.

Aí então ele se conecta via porta 25 e tenta entregar a mensagem via SMTP (simple mail transfer protocol). O SMTP é um grande amigo, protocolo que contorna uma grande variedade de problemas de rede e transmissão das mensagens.

Se o MTA não identificar nenhum servidor configurado corretamente e disposto a receber o e-mail, ele o colocará novamente na fila e tentará fazer isso mais tarde.

Por isso eventualmente as mensagens sofrem atrasos de entrega. Esses tempos variam de servidor para servidor, e podem durar horas ou dias.

E voltando, caso seja feita uma conexão entre os servidores, via SMTP, o servidor de envio então entregará a mensagem ao servidor de destino.

Isso significa que os servidores conversam, aceitam ou não os termos, e devolvem algum tipo de mensagem, de aceite, ok ou erro.

A partir daí o servidor de envio apenas sabe que entregou a mensagem, não tendo mais controle sobre o que acontece do outro lado.

E não há nenhuma garantia que o e-mail enviado vá realmente para a caixa de entrada do destinatário.

Caso o servidor destino ofereça uma mensagem de erro, o servidor de envio marcará a mesma com o código recebido, e a tratará.

Entenda que os erros são os mais distintos possíveis, caixa não existente, caixa cheia, usuário desconhecido, filtros de spam e por aí vai.

E ao acontecer um erro, o servidor que a enviou considera algumas opções entre devolver a mensagem de volta ao remetente, normalmente informando o erro ocorrido, e o que ele fará dali pra frente, se ainda seguirá tentando o envio ou desistirá do mesmo.

Veja, embora eu tenha tentado simplificar ao máximo o processo, dependendo do serviço, do provedor, o processo pode envolver dezenas de servidores do início ao fim.

Imagine por exemplo as regras e dificuldades em verificar uma mensagem, conteúdo, assunto, IPs de envio em blacklists, domínios, se é spam, phishing, vírus e todas as coisas ruins que podem ser feitas via e-mail ou email marketing.

É um processo complexo.

Passada a verificação, tudo certo, dentro dos parâmetros aceitáveis, a mensagem vai para a caixa de entrada.

Mas daí até a leitura do usuário, imagine que pode ser num cliente de e-mail, na linha de comando, no navegador, no mobile, são dezenas de opções.

E para certificar que o usuário leu a mensagem, existe normalmente um pixel de rastreamento (uma imagem) que deve ser carregada para que a leitura no servidor de rastreamento seja possível.

Isso não depende somente do usuário, Gmail e Hotmail ainda dificultam esse processo.

Por isso eventualmente lhe é solicitado que encaminhe a mensagem inteira, cabeçalho completo, ali estão informações valiosas para investigação de eventuais problemas que possam ter ocorrido.

Ainda assim existem diversas validações adicionais que você (ou seu provedor, sua empresa de hospedagem) devem ter feito para que os e-mails funcionem apropriadamente, SPF, DKIM, DMARC e vamos em frente.

É um pouco como o exterminador do futuro. Old, but not obsolete (tipo isso).

Fiapo
Fiapo

Eu sou Gustavo Tagliassuchi, minha formação é em tecnologia em informática, me especializei em desenvolvimento de software para a web, mas minha experiência profissional desde a década de 90 inclui editoração eletrônica, gráficas, desenvolvimento de aplicativos multimídia multi-plataforma, produzi muito CD-ROM, quiosques multimídia, fui o primeiro desenvolvedor da Apple no RS.

Trabalhei em provedores de acesso à Internet, em algumas agências e também criei algumas delas (4 no total).

Ajudei a fundar a AGADi que posteriormente virou ABRADi e se multiplicou Brasil afora

Mais recentemente ainda fui sócio de uma empresa de e-mail marketing e monitoramento de mídias sociais, onde desempenhei diferentes atividades, como responsável pelo desenvolvimento de ferramentas oferecidas em padrão SAAS, fui responsável pelo suporte e atendimento de uma rede de mais de 18.000 marcas entre clientes diretos, canais e parceiros, além de dar apoio ao marketing digital da empresa.

Mas isso tudo não importa, o que importa é que eu nunca deixei de fazer web sites, atender clientes de todos os tipos e portes, e ajudar amigos e parceiros a utilizar melhor a Internet e a melhorar a qualidade dos serviços que prestavam, e até a criar produtos e escalar os mesmos.

Então, até influenciado por alguns deles, resolvi criar alguns cursos e transformar este conhecimento que adquiri em algo interessante para você.

Não vou vender nenhuma fórmula mágica, não garanto que ninguém vá ficar milionário da noite para o dia, mas eu acredito que consigo acrescentar alguma coisa da experiência que adquiri nesses últimos 27 anos para ajudar você a melhorar e a solucionar alguns problemas dos seus clientes, vou lhe ajudar a fazer a diferença na vida dos seus clientes.

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