Sempre me considerei um criativo. Afinal minha mãe sempre dizia: Como é criativo esse menino. Então a coisa foi fixando. Sempre achei fácil inventar alguma coisa nova, me parecia simples fazer alguma coisa legal e surpreender, os colegas, a professora, os amigos. Mas entendo agora que isso era fomentado pelo ambiente em que eu vivia.
Com o passar do tempo percebi que criatividade é tudo. Mas ela é proporcional ao ambiente que nos cerca. Normalmente os ambientes – de trabalho – tendem involuntariamente a cercear essa criatividade. Ou por não ser minimamente agradável, ou por ter pessoas que limitam e detonam a criatividade alheia. Não chega a ser algo ruim como a inveja, mas invariavelmente as pessoas são assim com as outras. Então é preciso diariamente regar a semente da criatividade, senão ela morre.
Então você se vê de certa forma castrado daquilo que antes era fácil e vinha assim como uma brisa ou um vendaval, às vezes mais facilmente, outras vezes menos. E não pense que o processo criativo é parecido com o digestivo, nem tudo o que você come vai necessariamente sair na outra ponta. Então para qualquer tarefa bem planejada, bem definida, é preciso ter criatividade para executar.
Você deve estar se perguntando de que exatamente estou falando. Estou falando que tudo o que você executa, profissionalmente, tem a ver com sua capacidade de transformar o seu conhecimento tácito em conhecimento explícito, para que os demais apreciem a sua obra. Isso é fazer uso da sua criatividade. E para fazer isso e ter sucesso, o ecossistema que o rodeia faz toda a diferença. Não adianta criar uma obra no meio do brejo.
Nem sempre o bloqueio que você está tendo é culpa sua. Nem sempre quem está em volta está disposto a ajudar. É aí que precisamos ser mais criativos, ou você muda as pessoas ou se muda de perto delas. Aí entraremos na zona de conforto. Mas essa fica para a próxima. Seja feliz e se liberte dos inoportunos.